sexta-feira, 16 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Caminhando na tão conhecida Aldo Locatelli, seu ônibus se aproxima. Subindo, vê em sua direção a criatura de traços finos e harmoniosos, cabelo a la Elvis, cabelos cor de bronze e olhos cor de chuva.
A criatura a fita. Ela, já constante e involuntariamente fechada dentro de si, franze o cenho, lance-lhe um olhar de censura e puxa o shorts para baixo, cobrindo as pernas. Sentiu que olhava para suas coxas.
Segue para o fundo do ônibus pequenino, num misto de sensações e pensamentos.
Por que censurar o ser? Seu olhar em suas pernas havia sido recebido em forma de elogio. Não gostava muito de suas coxas? Sim, mas não só isso. De um dos bancos de trás, ao ver a criatura saindo, seu coração atordoado queria chegar sem ela.
Poderia ter sorrido, parado à porta como quem pega algo na bolsa, iniciar um assunto. Quem sabe pudessem então se encontrar, e quando deitasse a noite, dissessem poesia.
Ela não tem preço, nem culpa nem falsidade. Ela não sabe se entregar, não sabe amar. Algum dia saberá? Toda vez que tentam ela sofre. Pode ser medo, mas como é possível?
Ela desaprendeu a se dar e agora vai ter de pagar com o coração.
Foi só um jeito de viver neste mundo. Coisas da vida.
A criatura a fita. Ela, já constante e involuntariamente fechada dentro de si, franze o cenho, lance-lhe um olhar de censura e puxa o shorts para baixo, cobrindo as pernas. Sentiu que olhava para suas coxas.
Segue para o fundo do ônibus pequenino, num misto de sensações e pensamentos.
Por que censurar o ser? Seu olhar em suas pernas havia sido recebido em forma de elogio. Não gostava muito de suas coxas? Sim, mas não só isso. De um dos bancos de trás, ao ver a criatura saindo, seu coração atordoado queria chegar sem ela.
Poderia ter sorrido, parado à porta como quem pega algo na bolsa, iniciar um assunto. Quem sabe pudessem então se encontrar, e quando deitasse a noite, dissessem poesia.
Ela não tem preço, nem culpa nem falsidade. Ela não sabe se entregar, não sabe amar. Algum dia saberá? Toda vez que tentam ela sofre. Pode ser medo, mas como é possível?
Ela desaprendeu a se dar e agora vai ter de pagar com o coração.
Foi só um jeito de viver neste mundo. Coisas da vida.
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