sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Adeus você

Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão

Quero ver você maior, meu bem.

Pontuações

Hoje acordei decidida a colocar um ponto final em nós. Já tentei tantos que viramos longas reticências. Repensei. Que não seja um ponto final o que vou colocar, então. Que não seja pontuação nenhuma, risco nenhum de tinta ou de lápis no papel. O espaço da nossa história em branco, dentro da nossa gaveta, pra que não fiquemos olhando. E que só retiremos de lá quando e se acharmos necessário.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Esforço-me para te esquecer. Aí então invades meu sono, meus sonhos, meus estados de semi consciência, em que não posso decidir se penso ou não em ti.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


"O sereno escorre no vidro brilhando, né?! E o brilho me lembra o olhar da minha mulher. E aí já vem outros  500 mil pensamentos prevendo pra onde é que vai meus relacionamentos. Se o sofrimento, fi, é tão comum de onde eu venho dá mó medo da distância matar tudo que eu tenho. Distância, amigo, não é vários quilômetros quadrados. Quantas vezes cê tá distante mesmo tando do lado..."

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Faça o que queres


Hoje de manhã vindo trabalhar liguei pra minha mãe e disse que to indo pra lá no feriado. Não pedi pra ninguém, não perguntei se devia, decidi sozinha em 30 segundos. Cheguei no trabalho e liguei pro meu pai e pro meu tio. Sem pensar muito, na verdade quase nada. Fiz essas três coisas que eu precisava. É isso que a gente precisa e muitas vezes não vê: fazer o que o coração diz.

Pode soar clichê, bom, talvez seja. Mas não é porque algumas coisas são clichês que não são verdadeiras. E se são verdadeiras, são necessárias.

Às vezes o que a gente precisa é ligar se tem vontade, ir visitar, chamar pra sair, pra conversar. Conforta o coração.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mãe, quero que saiba que superei - e acredito que há um bom tempo, pela minha idade - o fato de pensarmos diferente em algumas coisas. E fico feliz que consigamos conversar e dialogar apesar disso.

Mas não dá pra negar todo o tempo que sinto falta de poder conversar algumas coisas contigo. Não dá pra negar em momentos como agora, que escrevo esse post segurando o choro no gabinete, pela angústia que dá não poder dividir mais coisas contigo.

Muita gente diz que tu pareces a Dilma. A comparação vem do mesmo jeito firme de falar, agir e conduzir as coisas. Da mesma firmeza no tom de voz, nas broncas e cobranças. Firmeza que às vezes faz chorar. Desde muito pequena me cobrava falar todo o português correto, sempre quando eu entrava no carro feliz por tirar 9, me perguntava por quê não tirei 10. Não há só o lado negativo, por seres tão exigente é que até hoje me cobro pra ir bem na faculdade, em todas as matérias, gostando ou não de todas elas.

Porém eu queria compartilhar contigo algumas coisas. Dividir alguns sentimentos, pensamentos, felicidades e também angústias, te mandar um e-mail falando das minhas inseguras, das minhas incertezas, dos meus medos, te pedir orientação. Não o faço porque sei que algumas destas questões te magoariam, preocupariam e então magoada, tu me magoarias e não teríamos dado nenhum passo pra frente, concordas? Quando não to bem e não quero conversar e tu me perguntas o que há, sempre respondo mal humorada que to cansada, que o dia foi corrido, que to cheia de coisa pra fazer, resolver e pensar. É verdade, mãe...mas os n motivos eu calo. Com o teu temperamento duro e severo, me repreenderias.

Mesmo assim tudo bem, mãe. Não quero e nem tenho o direito de pedir que sejas diferente em uma ou outra coisa, quando sempre esteve presente - ainda que do seu modo, mas esteve e está, com certeza da melhor forma que consegues. Tu és quem nunca me abandonou e não me abandona, mãe.

Talvez não me aceites em tudo que sou, mas mãe, eu te aceito do jeito que tu é. E não vou pedir pra que sejas mais flexível, mais compreensiva e acolhedora em alguns aspectos, quero é agradecer por ter uma mãe. Quanta gente não tem, né?! Por ter uma mãe que se esforça pra cumprir a tarefa da melhor forma. Que me criou da melhor maneira mesmo depois que meu pai foi embora de casa, mesmo sozinha, com uma separação, tanto trabalho e apesar de outras tantas dificuldades.

O necessário tu me dá, sempre me deu. O resto a gente procura uma forma de solucionar.

Obrigada, mãe.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Dei paz pro coração. Agora é cobrir a marca de que alguém ainda vive nele. Talvez eu assista à versão nova de uma velha história. Acostumar-me novamente a ouvir de quem fico "me diz, o que você tá sentindo? Porque você nunca demonstra expressão nenhuma e fico tentando saber." e procurar um jeito mais sutil de dizer que é porque eu não sinto nada. Sutil, mas que deixe claro que não sinto. Nunca me proíbo gostar de alguém, mas pra mim é natural que raramente aconteça. Também não sei fingir, e nem tento. Não vejo motivos.

Volto a tratar as meninas com respeito, consideração e não mais que isso, a não querer que conheçam meus amigos, que entrem no meu quarto, que durmam na minha casa.

Não quero compartilhar o sono com alguém, mas não quero mais dormir com fantasmas.

domingo, 5 de agosto de 2012

Ô, chegaí!

Fico só olhando no rolê, pra ver qual brilha mais.
Quer a eternidade pra ser amada,
Mesmo que a eternidade desse amor dure uma madrugada
Trazendo as estrelas no olhar, me instiga,
Gosto de vê-la sorrir cas amigas

Minha cara de inocente rende várias alegrias,
Começa em "oi tudo bem?", termina em "bom dia"...
Os paquitão quer morrer na balada,
Porque fico de canto lá como quem não quer nada,
Elas cola sorrindo, me fala umas parada...
Respondo, elas diz: "que lindo", já era, tem mais uma apaixonada

Deixo ela dançar, deixo ela fumar,
Deixo ela beber só pra ver onde vai dar...
Quase incapaz de dizer não, eu digo: calma filha, deixa que agora eu assumo a direção.

sábado, 4 de agosto de 2012

Hoje depois de almoçar e colocar a conversa em dia com a Sharon, compartilhamos a mesma questão: por que os sentimentos não cabem na teoria?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O esporte, a luta e a superação

Hoje cheguei no trabalho e, como de costume, peguei meu chá e passei os olhos pelas capas dos jornais do RS. A capa do Zero Hora me chamou a atenção. Pena que não achei pra postar aqui, é uma foto da Mayra beijando a medalha.

A menina guerreira de 20 anos perdeu a luta que permitiria que ela seguisse rumo ao ouro, engoliu o choro, manteve o foco e, mesmo com dores - físicas e emocionais - vindas luta anterior, foi buscar o bronze.

Mais uma vez o esporte nos mostrou que não é só atividade física, nos ensina a cair, levantar e seguir em frente. Como disse Aldo Rabelo, o esporte nos ensina manter a dignidade quando perdemos e a manter a humildade quando ganhamos. E buscar a cada dia a superação, nos ensina a ter foco e disciplina - e disciplina é liberdade.

A yoga me ensinou que quando estamos em uma posição desconfortável é preciso respirar e se comprometer a aguentar um pouquinho mais. Cada vez um pouquinho mais, até poder mudar de posição. Se a gente pensasse no tempo total que teríamos de permanecer daquele jeito, logo desistiríamos. Sem pensar no total, só em aguentar um pouco, de pouquinho em pouquinho a gente consegue ir até o fim.

Com o jiu jitsu aprendi como cair. Sim, a primeira coisa que a gente aprende nessa arte marcial não é como derrubar, enforcar ou dar uma chave de braço. A primeira coisa que a gente aprende é de que forma cair pra não se machucar. Quantas vezes a queda é inevitável?! Então que saibamos cair de forma que a gente não se machuque - ou pelo menos não tanto. Depois a gente aprende a se equilibrar, a ter jogo de cintura, de quadris e também a ter agilidade, pra poder se livrar da maioria de quedas possíveis. Quando a gente tá no chão, aprende a ver que às vezes assim temos mais possibilidades de golpe do que se estivéssemos em pé, contanto que saibamos aproveitar as vantagens disponíveis.

Com o boxe aprendi a ter resistência, a respirar da forma correta, manter a guarda e o mais importante - aprendi a ter disciplina e me superar. Meu professor é um guerreiro. Guri pobre, queria ser lutador de qualquer maneira. Veio do nordeste pra São Paulo lutando - e pra lutar. Se tornou campeão brasileiro Cada vez que a gente não conseguia cumprir tarefa, sem dó, sem pena, mesmo que eu estivesse sem ar o Praxedes me fazia pagar. Tinha que correr, fazer flexão, abdominais...e tinha que aprender como respirar pra fazr isso. Aprendi a ter a disciplina de lutar três vezes por semana e fazer atividade aeróbica seis, sob pena de, treinando menos que isso, ficar exausta e dolorida a semana toda.

Viver é lutar. Sentimos o sufoco desse jogo que às vezes é tão duro, parece que não temos fôlego, esquecemos de respirar ou de como respirar, caímos, nos machucamos, perdemos algumas batalhas. E aí? Aí a gente se levanta, respira, aprende a respirar, vai em busca da superação. Com ou sem do, cansados ou não. A gente nem pensa na dor, no cansaço, no sofrimento, no medo, na insegurança, nos contras, no adversário...Só se foca em fazer o melhor pela vitória e vai em busca dela. Quando perdemos a oportunidade de no momento seguir em busca do ouro, lutamos pelo bronze até poder lutar de novo pelo ouro. Sim, porque isso é não jogar a toalha, é não desistir. E não desistir é crescer. Resistir é se superar.

Sartre já dizia que não importa o que façam conosco, o que importa é o que NÓS fazemos com isso! Não podemos evitar algumas coisas, não temos o controle de todas as situações que afetam nossa vida, é verdade. Mas nós que escolhemos como vamos lidar com elas. Eu já disse isso aqui, o medo nunca é o melhor aliado. A coragem é a melhor aliada. Quando a gente quer algo, há a probabilidade de dar certo ou errado. Na maioria das vezes a gente só descobre se tentar, se for em frente esquecendo o medo, já que ele cega nossos sonhos e nos tira nossa força.

Só sonhar não dá em nada, é uma festa na prisão. O sonho só vale se caminhar sempre ao lado da luta. Afirmaria o sábio Che "Sonhas e serás livre de espírito... lutas e serás livre na vida.". O que será de nós se não formos livres de espírito e na vida?

Tudo isso me faz seguir em frente, e muito foi o esporte que ensinou. Fico feliz que nosso país esteja caminhando em direção à valorização do esporte - prova disso é a bolsa atleta. Esporte que nos faz aprender tanto, que nós traz saúde e que mantém tanto jovem longe da drogadição. Por isso defendo que o esporte tem de ser tratado como política pública. Faz a gente crescer, ser melhor conosco e com as pessoas.

E é pra isso que a gente tá aqui, não é?! Pra evoluir, pra ser melhor. Acredito que tudo faz mais sentido se a gente acredita que a vida pode ser melhor, se a gente coloca amor em tudo que faz...afinal, citando Che novamente "correndo o risco de parecer ridículo, deixem-me dizer-lhes que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor.".

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Hoje foi o tipo de dia em que vi as coisas sem conseguir olhá-las. Tem dia que a gente tá assim distante.
As pessoas falam, conversam e a gente só concorda com algumas frases prontas, ainda que verdadeiras. Ou só discorda dizendo "não acho que seja por aí.".

Tenho bastantes coisas pra escrever, mas hoje elas estão longe também. Então vou ler...pra ter letras, palavras, parágrafos, folhas inteiras, ideias perto.

Ler pra fazer sentido.